Viver é lidar com as mudanças da vida o tempo todo, né?!
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A verdade é que mesmo que a gente tenha medo ou deseje alguma mudança específica, elas acontecem o tempo todo independente do que a gente quer.
A minha mãe sempre diz que a gente sai de casa ou dorme sem saber como vai voltar ou acordar... e eu já ouvi isso para justificar todo tipo possível de recomendação. hahahah
Eu sempre achei isso exagerado. Até que um dia a gente cresce e entende algumas coisas que as nossas mães diziam.
Eu Tenho refletido muito sobre as mudanças da vida desde um evento específico e percebo como a necessidade de (re)organização sempre aparece forte nesses momentos.
Esse evento pessoal é curiosamente banal, mas me tocou bastante e me abriu os olhos para outras situações bem mais impactantes da minha vida que me levaram a agir de forma bem sistemática sem que eu tivesse me dado conta.
>>>Leia mais: Como fugir da ansiedade na correria do dia-a-dia
Uma simples mudança de escola
A minha filha estudava em uma escolinha maravilhosa. Em tudo eles eram muito bons e a gente ainda tinha feito amizades verdadeiras no grupo de pais... Como mãe, de primeira viagem, que precisou colocar o bebê na escolinha, isso era tudo na minha vida.
Só que eu sabia que eu precisava mudar.
Em consequência de uma outra mudança anterior, a escola agora era longe de casa e totalmente contra-mão. Por quase dois anos ela estava no lugar certo, mas os nossos caminhos mudaram e de repente ela ficou no lugar errado.
Um dia, sem estar procurando.... surgiu pra mim, no facebook, a escola perfeita para mudar. Assim, por acaso, para quem acredita que acasos existem nas mudanças da vida. 🙂
E aí?! Eu sofri. Chorei. Falei pra caramba rs e mudei. Nem todo mundo entende ou concorda, com a mudança ou com o sofrimento, o que normalmente dificulta algumas mudanças que a gente quer fazer, né?! mas a gente tem que fazer o que for melhor pra gente e pronto.
O que eu sentia era que nós estávamos em casa, em família com a minha filhinha... e aí tchau! rs
E a vida mudou. Para muito melhor.
A Alice no dia em que fomos visitar a escola nova já queria ficar. A mamãe explicou, ela entendeu, sentiu que era melhor e pronto. Simples assim. Crianças são seres especiais demais, né?! <3
Observando as mudanças da vida
Ali eu entendi algumas coisas sobre as mudanças da vida e passei a observá-las.
Eu me dei conta inclusive de que eu já tinha passado por algumas mudanças bem difíceis, como a separação do meu primeiro casamento. Nessa ocasião eu disse pra mim mesma, que se aquilo aconteceu, se eu passei por aquela mudança da forma como foi... Tudo na minha vida seria possível. Estava comprovado, me marcou, mas passou.
Na mudança de escola eu estava mais velha, já era mãe e organizadora.... lidava de perto com a mudança na vida de outras pessoas. Muitos projetos de organização surgem de alguma mudança na vida das minhas clientes. Porque, como eu disse, uma necessidade de (re)organização sempre surge nesses momentos.
Eu passei a ver com outros olhos e isso me transformou, me deixou mais empática, mais prática e acima de tudo, mais consciente.
Como eu lido (e ajudo a lidar) com as mudanças
Voltando para 2019, o final do semestre se aproximando, meu aniversário chegando e o barrigão crescendo. Eu vou ser mãe de 2, mãe de menino, mãe de novo, com tudo tão diferente. Mais algumas grandes mudanças vem por aí.
Mudanças físicas, emocionais, pessoais, familiares, de rotina, no trabalho... (pelo menos eu já sei minimamente o que esperar e me sinto muito mais tranquila rs)
Algumas a gente vê chegando, crescendo na barriga, outras simplesmente se instalam, mas eu faço sempre o mesmo caminho para apoiar alguém ou me adaptar a elas.
>>>Leia mais: Como funciona vida pessoal x vida profissional de mãe?!
1. Dou um tempo
Sempre que uma mudança surge a gente precisa de um tempo para digerir ela. Mesmo quando a gente tem que correr e simplesmente resolver, lá dentro fica aquela lacuna.
Pode ser que a gente não sinta como "esperado" nem saiba direito o que sentir, e tudo bem. Eu sei muito bem o que é essa sensação e que nem sempre a gente quer ou mesmo pode compartilhar ela com alguém... e tudo bem!
Pode ser até que o sentimento seja tão intenso (de raiva, medo, alívio, alegria ou tristeza) que você não queira ou não consiga dividir, porque você não quer ou porque espera-se algo diferente de você... e tudo bem!
Por isso eu me dou um tempo. Se dê um tempo e ponto final.
2. Olho em volta
Eu paro e olho em volta. Penso em quem me cerca em busca de referência. Quem já passou por isso... como passou... como resolveu. Pesquiso, me informo, tento esclarecer. Se estiver inquieta, nervosa ou em dúvida, busco respostas.
Antes de me comunicar, seja com urgência ou com calma, primeiro eu olho em volta.
Inclusive uma outra coisa que a minha mãe sempre diz é que a gente tem que ficar atenta e confiar apenas em corações amigos. Eles podem estar onde a gente menos espera.
Antes de sair falando, tomando decisões e ouvir opiniões, eu olho em volta.
3. Peço ajuda
Aí sim, eu peço ajuda. Se isolar ou sair falando qualquer coisa pra qualquer um não são boas opções. Um equilíbrio que vai aos poucos surgindo depois de ter se dado um tempo e olhado em volta é importante para decidir como e para quem pedir ajuda.
Importantíssimo: Quem decide a ajuda que eu preciso, sou eu! E eu tenho direito de mudar de opinião.
Já falei pra mim mesma e para os outros: "Obrigada, mas eu não preciso dessa ajuda". "Desculpe, eu sei que te pedi isso, mas mudei de ideia". "Eu estava enganada quando neguei aquela ajuda, você pode vir comigo agora?." "demorei a decidir, mas agora eu quero muito a sua ajuda".
As pessoas entendem melhor do que a gente imagina e ajudam com amor.
4. Faço o melhor uso dos meus recursos
Sem dúvida aqui é onde entra a organização com toda força e faz a diferença. Eu me pergunto e ajudo as minhas clientes a refletirem:
- Quanto dinheiro, energia ou espaço eu preciso?
- Quais objetos eu preciso ter ou descartar?
- O que eu preciso e posso comprar ou doar?!
- Quais tarefas e projetos eu preciso ou quero abrir mão, adiar, delegar ou eliminar?
- Quanto tempo eu tenho para fazer isso?
- Que tipo de apoio eu vou precisar?
Conversar, pesquisar e pedir ajuda é fundamental aqui para ter clareza e tomar as melhores decisões.
5. Escrevo e faço listas
Em cada um desses passos, é sempre legal, escrever: faça listas, escreva um diário ou suas reflexões... tenha um lugar para concentrar pesquisas e ideias.
Escrever ajuda a clarear as ideias, registrar melhores opções e informações, desenvolver um projeto e facilita muito a implantação ou mudança de um hábito ou rotina... e mais importante, te dá a sensação de controle e tranquilidade.
6. Sigo com calma, um dia de cada vez
Parar e respirar. Fazer e pensar em outra coisa. Não querer antecipar e se atrolar. Agir devagar e sempre... as coisas vão se ajustando! Um dia de cada vez, uma tarefa de cada vez. Um desafio de cada vez, um hábito de cada vez.
No final fica tudo bem!
Para resolver a sua organização
Se você quiser falar comigo e ter algum tipo de ajuda com a sua organização para lidar com alguma mudança na sua vida, eu posso e vou ficar muito feliz em te ajudar. <3
Você pode me mandar um e-mail em maira@oquefica.com.br e bater um papo comigo 🙂 ou clique aqui para dar uma olhada na loja da ¿O que Fica! e descobrir uma vídeo aula, um áudio book ou formulário que vai te ajudar já!
bjs
Eu sou a Maíra Lewin, sou organizadora profissional e te ensino a usar a organização como ferramenta para encontrar o seu equilíbrio e fazer que você quiser.
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